segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A consciência do abrir mão

Cochicha na mente sozinho
No canto obtuso do som
Será que um dia largo isso?
E se, será que será bom?
Em mim ser sinto justo ensino
Sereno-me assim de antemão.
De eudemônios maldito fico
Diluto no turno por que vão
(E por vão, temporário).

quarta-feira, 15 de abril de 2009

EFEMERIDADES

Malditos sejam todos os que nos reuniram nesta mentira gigantesca e nos obrigaram a continuar aqui. Tudo pode ser simples e nos fizeram complexos. Tudo pode ser doce ignorância, e nos quiseram sábios. Fiquem, então, com a sapiência que o pouco tempo pode dar, pois o tempo agora é mera contagem regressiva.

terça-feira, 31 de março de 2009

A última ceia

Não em riste. Tampouco pendular, fixa ao chão. Apenas as janelas dissolvidas no horizonte. Atrás dois passos caiu-me um braço e um solícito agora toca o toco do ombro:
- Moço, seu braço.
- Não, obrigado.